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sábado, 25 de julho de 2009

A Justiça é mesmo cega??

Eu me pergunto se aquela imagem da justiça, que é uma estátua com a balança equilibrada e os olhos vendados não é uma piadinha de mal gosto com a situação humana atual. Sim, pois se essa imagem fosse realmente um retrato simbólico da justiça, deveria mostrar uma mulher em um pedestal, com uma balança completamente desnivelada e um caleidoscópio ou uns óculos 3d nos olhos. Bem, acho que a venda poderia até servir, se fosse de alguma coisa etérea e transparente, como retrato de uma hipocrisia de quem só vê o que interessa.Justiça não é sinônimo de sistema judiciário, as vezes até me pergunto se não seria mesmo um antônimo...Um caso que está em evidência agora, que é esse caso da Isabella Nardoni, é um exemplo de como há um desnível absurdo na nossa justiça. Alguém, analisando a eficácia da perícia, o afinco da promotoria, a ética de todos os juristas envolvidos e até o apelo da mídia, parou pra pensar: o que esse caso tem de tão especial assim? Ora, quantas crianças morrem por aí de formas tão ou muito mais hediondas e por familiares? E o pior, quantos desses casos caem no esquecimento?Inumeros...Sabe, houve uma mulher, que em 1990 foi condenada a morte por sete assassinatos. Essa mulher se chamava Aileen Carol Wournos. Abandonada pelos pais, maltratada pelos avós, engravidou do próprio irmão aos 14 anos e virou prstituta depois disso. Uma mulher a margem da sociedade, humilhada, subjulgada, desprezada e ainda teve a infelicidade de ser homossexual. A vida dela foi horrorosa. Sua primenra vítima, um eletricista de 51 anos chamado Richard Mallory, que, segundo investigações e o depoimento da Aileen, a espancou, a estuprou e a ameaçou de morte, foi evidentemente em legítima defesa. A alegação da promotoria era que a Aileen matava seus clientes para roubá-los, o que é estranho sendo que seu segundo assassinato aconteceu somente seis meses depois e segundo a própria promotoria, ela e sua companheira viviam da prostituição de Aileen, ou seja, seis meses sem matar. Mesmo assim, com Aileen alegando que seus clientes estavam prestes a agredí-la, ela foi condenada. Passou por examos psiquiátricos que a diagnosticaram com transtorno de personalidade borderline, onde o paciente, com longa exposição a traumas, faz esforços absurdos para se evitar um abandiono (compreensivel pelo seu histórico). Ainda assim, com o aval desta junta psiquiátrica, Aileen é considerada apta a ser executada, por ordem de Jeb Bush.O que os dois casos tem a ver? Óbvio, não é? A inclinação da justiça para conveniências políticas. Já que o governo Lula quer dar uma prestação de contas ao povo quanto a segurança, é bom fazxer um alarde em um dos poucos casos solucionados no país.Isso com uma incrível ajuda da mídia,é claro.Como no caso Aileen,onde ela foi praticamente condenada por opinião pública e uma eficaz manipulação da imprensa,e sim,a questão política também estava presente,já que ela foi executada no ano de reeleição do então governador da Califórnia, Jeb Bush(12 após sua condenação),cuja campanha era fortemente favorável à pena de morte,convenientemente.Acho que não preciso dizer mais nada,exeto talvez,pedir um minuto de silêncio pelas vozes que são caladas diariamente...

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